É com grande prazer que escrevo este blog onde posso falar um pouco sobre mim. Me chamo Cássia Tatiana da Silva Andrade, sou bióloga com uma sólida formação acadêmica. Possuo especialização, mestrado e doutorado refletindo meu comprometimento e dedicação à pesquisa e avanço do conhecimento científico na área da biologia. Ao longo de minha carreira acadêmica, estudei os cactos durante o mestrado e doutorado (PPGBiotec-UEFS). A paixão pelos cactos fez-me desenvolver pesquisas inovadoras dentro da etnobotânica e da etnofarmacologia. Tais estudos foram grandes desafios científicos que contribuíram para que eu escrevesse um livro “Cactos úteis da Bahia: ênfase no semiárido“, e que me consagrasse ganhar o terceiro lugar, na categoria mestrado, o Prêmio Bahia Ambiental em 2005 ( SEMARH – SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS )
Eu e os cactos
Desde minha infância tive contato com os cactos. Cresci na Chapada Diamantina, Bahia, um dos lugares mais lindos do Brasil, um lugar com muitas cactáceas e outras variedades de plantas lindas como orquídeas, bromélias e sempre-vivas.
Não nasci em Andaraí (infelizmente), mas minhas raízes são de lá. A maioria de minha família, pais, irmãos, avôs e primos são naturais deste belo lugar.
Andaraí, fica localizada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Serra do Sincorá, uma área de relevo montanhoso, com picos de até 1700m de altitude. Encontramos lá, várias paisagens singulares com cachoeiras maravilhosas e uma cultura local magnifica.
Embora você possa estar se perguntando sobre minha relação com os cactos, posso afirmar que tenho memórias afetivas desde pequena com essas plantas. Minha querida avó Dona Nenê (in memorian) nos oferecia um delicioso cortadinho de palma, prato típico da região, associado ao feijão preto e arroz branco quase sempre como uma rotina alimentar. Diante disso, cresci sabendo da importância da palma como alimento, seus benefícios, principalmente naquele lugar. Sim, porque ali, a palma era valorizada, nunca associada a um recurso de escassez alimentar, mas simplesmente por ser rica em fibras, vitaminas e nutrientes.
Estudos realizados
Percebi que estudar os cactos foi a escolha mais coerente de toda minha vida acadêmica. Trabalhei no sertão baiano, mas especificamente em cinco municípios próximos da minha instituição (Valente, Santaluz, São Domingos, Queimadas e Canudos) e levantei dados originais e preciosos sobre os múltiplos usos de cactos pelo ser humano.
Certamente, os usos foram muito além de serem alimentos para o gado em tempos de seca. Era algo que eu já imaginava, porque lá no fundo, eu já sabia o poder das cactáceas. As palmas, mandacarus, rabo-de-raposas, xique-xiques, cabeças-de-frade, foram minhas maiores inspirações ao longo dos anos.
Assim, realizei estudos botânicos e etnobotânicos com algumas espécies de cactos citados no dia a dia do sertanejo do semiárido baiano, que tinham usos diversos que iam muito além do alimento para animais representando uma forte conexão.
Quero compartilhar com vocês minha pesquisa acadêmica e outros estudos importantes sobre os cactos. Estou sempre atualizando o meu blog com novos conteúdos, então não deixe de me acompanhar. Então, se você é apaixonado por cactos, seja bem vindo por aqui!
Neste Blog Cacto Lovers, você encontrará um pouco sobre a importância dos cactos, seus múltiplos usos e várias dicas de leituras e estudos realizados ao longo dos anos. Afinal, você sabe cuidar de cactos? Segundo meu amado professor e eterno orientador José Geraldo W. Marques, só se ama o que se conhece (e vice-versa) e […]
Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária! Laocoonte constrangido pelas serpentes. Ugolino e os filhos esfaimados. Evocava também o seco nordeste, carnaubais, caatingas… Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais. Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. O cacto tombou atravessando na rua,]Quebrou os beirais do casario fronteiro, Impediu o trânsito